A Igreja de Nossa Senhora da Penha, atualmente Basílica Santuário Mariano Arquidiocesano, está situada ao topo de um penhasco, no bairro da Penha, zona norte do Rio de Janeiro. Sua história começa em meados do século XVII, no ano de 1635, pelo Capitão Baltazar de Abreu Cardoso, fidalgo português e proprietário das terras onde construiu uma pequena Igreja, no que acabou se tornando um dos principais templos da cidade.

História

Através de memória oral, consta que o Capitão Baltazar costumava subir no penhasco para observar sua propriedade, até que um dia, ao descansar aos pés de uma árvore, se deparou com uma cobra prestes a lhe atacar. Ao bradar “Valei-me, Nossa Senhora”, surgiu um lagarto, predador natural da serpente e a atacou.

Em agradecimento, o Capitão ergueu no topo do penhasco uma pequena capela em gratidão e louvor à Nossa Senhora do Rosário. Acredita-se que logo que a notícia do milagre de Nossa Senhora do Alto do Penhasco se espalhou, a invocação foi substituída por Nossa Senhora da Penha, devoção originária da Espanha, iniciada em Portugal no século XVI e levada para as colônias portuguesas.

Em 1728, a pequena igreja foi entregue aos cuidados de um grupo de fiéis que fundou a Venerável Irmandade de Nossa Senhora da Penha de França, que a partir de então passou a ser proprietária do local. Em 1870, a Venerável Irmandade demoliu a capela para a construção de um novo templo. Dentre várias intervenções, a mais relevante ocorreu em 1900, com conclusão dois anos depois, com os elementos que compõem as características que permanecem até hoje.